A pergunta acima tem sido recorrente nos sindicatos de trabalhadores rurais depois que o Estado anunciou a distribuição gratuita de 300 mil protetores solares para prevenir o câncer de pele. Os frascos,que custaram R$ 2 milhões ao governo e deveriam ser distribuídos em 129 municípios gaúchos, estão estocados desde o começo do ano em laboratório estadual, na Capital.
Regulamentado em novembro,o programa resultante de uma lei aprovada em 2010,de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB), ainda não saiu do papel. Em fevereiro,na véspera da entrega,o governo cancelou a ação em razão da lei que proíbe a distribuição gratuita de bens ou benefícios em ano eleitoral - exceto em caso de calamidade ou de programas em execução já no ano anterior.
A distribuição depende agora de uma portaria com novos critérios para o cadastramento, provavelmente com ampliação do público beneficiado. Enquanto o documento não sai, produtores como Nilson Scheunemann (foto), que já teve câncer de pele, seguem esperando.
- Os protetores foram comprados e o programa foi anunciado. Se criou uma expectativa - reclama Inque Schneider,da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag).
A Secretaria da Saúde informou que a portaria para execução do programa está em elaboração e que não há prazo para conclusão.