Quem circula pelas pistas da final do Freio de Ouro vê claramente que a competição é movida pela paixão. Os vencedores da prova não levam premiação em dinheiro. Mas o prestígio alcançado pelas cabanhas com a conquista do título valoriza os ascendentes e a progênie. E rende futuros grandes negócios.
- Há um efeito cascata de valorização - afirma o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Mauro Ferreira, sobre o papel do Freio de Ouro.
Prova disso são os resultados dos remates de cavalos crioulos na Expointer, que ano a ano crescem em faturamento. Só com os primeiros quatro leilões realizados - Cabanha do Barulho, BT, a Marca da Função, Santo Izidro/ Ouro Fino e Santa Angélica -, a raça já chega R$ 5,78 milhões, superando os R$ 3,71 milhões alcançados com os mesmos quatro eventos no ano passado. Em toda a Expointer, na edição de 2012, foram comercializados R$ 9,4 milhões em sete remates.
Com outros quatro eventos programados até o fim da feira - ontem à noite era a vez da cabanha Carapuça entrar em pista -, a raça deve fechar os negócios com a consolidação do crescimento projetado de 20%, somando R$ 12 milhões em negócios. Tradicionalmente, 70% do volume de vendas de animais na Expointer vem do crioulo.
- Essa alta não é diferente do avanço da própria raça, que gira entre 15% e 20% ao ano - completa Ferreira.