Chuva na Expointer pode ser vista sob muitas formas. É tradição e barro. É estraga-prazer dos mais urbanos e parte rotineira do trabalho dos peões na lida com os animais. A chuva também significa vendas menores para os pequenos produtores rurais e mais lama no Freio de Ouro. E é abaixo d'água que começará esta edição - pelo menos 20 milímetros de água por metro quadrado, de acordo com a projeção da Somar Meteorologia para Esteio. A boa notícia é que o índice é considerado de intensidade moderada (chuva forte é acima de 30 milímetros) e vai se reduzindo gradativamente até cessar, na segunda-feira.
- Até hoje, não choveu em apenas uma feira. A Expointer é um evento de quatro estações. Chove no início, esfria, depois vira outono e, na próxima semana, teremos calorão - descreve o presidente da comissão de exposições e feiras da Federação da Agricultura do Estado, Francisco Schardong.
O maior prejuízo causado pela chuva é nas atividades sociais, avalia Schardong. A intempérie é parte da rotina de quem trabalha a céu aberto, 365 dias por ano, e não estraga nem o humor dos peões. A chuva atrapalha, mesmo, é o chope nos boulevards, a circulação do público, o trânsito e o número de visitantes. Aí, quem perde são os produtores do pavilhão da agricultura familiar.
- É que chove no primeiro final de semana e, no último final de semana, faz tempo bom. Daí vai tanta gente ao pavilhão que muitos não conseguem nem chegar perto dos estandes para comprar - conta Jocimar Rabaioli, assessor de políticas agrícolas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura.
Se o tempo não muda, a esperança de ter o parque Assis Brasil menos molhado está na menina dos olhos do administrador do local, Telmo Motta: as recentes obras de drenagem para reduzir a quantidade de água no local. Ainda assim, vale levar guarda-chuva ou capa protetora e calçar botas, ao menos no primeiro final de semana. E não deixar de prestigiar o pavilhão da agricultura familiar.