Idiomas que vão do já quase familiar inglês ao complexo árabe e costumes latinos de peruanos, argentinos até de russos e finlandeses vão se cruzar no interior do Estado.
Não importa o sotaque ou a origem, em Não-Me-Toque participantes de todos os continentes se misturam em busca das mesmas riquezas agrícolas: alimentos e tecnologia para lavouras. Na próxima semana, delegações de pelo menos 70 países irão reforçar o caráter internacional da Expodireto Cotrijal, que chega a 14ª edição mais estrangeira do que nunca.
- Além das rodadas de negócios no pavilhão internacional, iremos promover encontros entre importadores e expositores nos próprios estandes das empresas - explica Evaldo Silva Junior, coordenador da área internacional da Expodireto Cotrijal.
Mas, afinal, o que estimula tantos estrangeiros a viajarem milhares de quilômetros para participar de uma feira agrícola num município do norte gaúcho de 16 mil habitantes? Até então focado na tecnologia de máquinas e equipamentos agrícolas, o interesse agora se amplia para outros produtos, diante do desafio mundial de aumentar a produção de alimentos. Uma das maiores delegações a desembarcar na feira, a da Nigéria, busca a qualidade do grão brasileiro, além da carne bovina e de frango.
- A Nigéria importa arroz da Ásia, mas a qualidade do grão brasileiro é muito superior - destaca Olusegun Michael Akinruli, presidente do Centro de Negócios, Cultura e Cooperação Nigéria Brasil.
Nas rodadas de negócios, o arroz promete ser novamente a grande preferência. Com uma produção nacional de
7,7 milhões de toneladas na última safra, da qual 90% cultivada no Rio Grande do Sul, o Brasil exportou 1,4 milhão desse volume para países como Nigéria, Cuba, Benin, Venezuela e Gana.
- Queremos confirmar esse bom momento para exportação abrindo novos mercados para o grão - diz César Marques Pereira, coordenador da Câmara Setorial do Arroz no Estado.
A expectativa positiva em torno dos negócios com estrangeiros está apoiada especialmente nos resultados colhidos no ano passado.
- No ano passado, a feira possibilitou a troca de contatos que se consolidaram ao longo do ano, criando um portfólio internacional
Os participantes
Mais numerosos:
GANA
20 participantes
NIGÉRIA
15 participantes
COLÔMBIA
10 participantes
PERU
10 participantes
ARGENTINA
10 participantes
ESPANHA
8 participantes
Os estreantes
Benin
Finlândia
Líbano
Palestina
Senegal