Mesmo com a redução de 17,1% na produção de tabaco, os produtores gaúchos devem ter um acréscimo de 7,9% na receita bruta ao fim da atual safra. A estimativa foi divulgada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e leva em conta os dados da safra 2011/2012 registrados até o dia 30 de junho. A previsão é de que a comercialização da produção se encerre na segunda quinzena de agosto.
De acordo com a entidade, o número de famílias produtoras despencou 9,8% em relação à safra anterior, enquanto a área de fumo plantada foi reduzida em 20.150 hectares, o que representa uma redução de 11,4%. Mesmo assim, a produção deve gerar mais de R$ 2,1 bilhão.
- Felizmente, nesta safra, os produtores tiveram, em média, uma lucratividade de 20% no Virgínia e de 25% no Burley, embora nem todos tenham tido a mesma sorte, já que alguns produtores sofreram com a forte estiagem -, comentou o presidente da Afubra, Benício Werner.
A cadeia produtiva do tabaco, cuja produção tem como base a agricultura familiar, envolve 2,5 milhões de trabalhadores na região sul do Brasil que dependem da atividade para seu sustento. Só em arrecadação de impostos, o setor deposita anualmente nos cofres da União cerca de R$ 10 bilhões.
Safra 2011/2012
Apesar da redução na produção, receita dos fumicultores deve aumentar
Afubra divulgou estimativas para o atual ciclo produtivo, que deve encerrar no fim de agosto
Vanessa Kannenberg / Uruguaiana
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