Um panda fêmea gigante cedido pela China à Tailândia, que teve sua vida transmitida ao vivo 24 horas por dia por uma rede de televisão, morreu nesta quarta-feira (19) aos 21 anos, anunciou o zoológico de Chiang Mai (norte). Lin Hui era o último dos três pandas na Tailândia e vivia em um recinto climatizado no zoológico desde 2003. Deveria ser devolvido à China em outubro.
O animal começou a sangrar pelo nariz na noite de terça-feira (18) e seu estado de saúde se deteriorou rapidamente até sua morte, explicou o diretor do parque, Wutthichai Muangman.
— Nós o ajudamos o máximo que pudemos, até que Lin Hui nos deixou — lamentou.
Especialistas chineses e tailandeses vão realizar uma autópsia para determinar a causa da morte.
Cedido pela cidade chinesa de Chengdu, Lin Hui tinha um seguro de meio milhão de dólares (2,4 milhões de reais).
— É muito lamentável que sua vida não tenha sido salva — disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, a repórteres em Pequim.
— As autoridades chinesas vão montar uma equipe de especialistas para ir à Tailândia o mais rápido possível — acrescentou.
Durante anos, tudo foi feito para acasalar Lin Hui com Chuang Chuang, que morreu de ataque cardíaco em 2019. Após inseminação artificial, Lin Hui deu à luz Lin Ping em 2009, provocando uma admiração pelos pandas no reino.
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A vida da família cativou o país inteiro, nas transmissões ao vivo dos afazeres desses animais no "canal dos pandas", que funcionou 24 horas por dia entre 2009 e 2012. Lin Ping foi devolvido à China um ano depois.
Os pandas gigantes têm pouco apetite sexual e estão entre as espécies mais ameaçadas do mundo. Sua expectativa de vida varia de 15 a 20 anos na natureza, mas podem chegar a 30 anos em cativeiro, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
* AFP