Após dois anos em que as palestras aconteceram de forma virtual devido à pandemia de covid-19, o 15º Festival Brasileiro de Aves Migratórias voltou a ser presencial este ano. A tradicional iniciativa, que acontece em Tavares, no Litoral Sul, teve início dia 24 e foi encerrada neste domingo (27) com participação de mais de mil pessoas, inclusive do Exterior e de outros Estados brasileiros.
Participaram da edição deste ano pesquisadores da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Amazonas, Uruguai e Argentina. Inclusive uma comitiva do Ministério do Turismo argentino
O festival é organizado há uma década e meia pelos gestores do Parque Nacional da Lagoa do Peixe e pela Prefeitura Municipal de Tavares. Os participantes, incluídas pessoas que vivem na região, tiveram oportunidade de conferir diversas atividades culturais em pavilhões e inclusive o Pedal de Tavares, uma trilha de bicicleta dentro do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.
Cerca de 400 pessoas se inscreveram, gratuitamente, para cursos, palestras e mesas redondas, em salas cedidas pelo Sindicato Rural, por escolas, pela prefeitura. O tema: aves que migram das Américas do Norte e Central (e até da África) para o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, um conjunto de lagoas à beira-mar que serve de refeitório a céu aberto para diversas espécies de pássaros. Muitas delas rumam para o Sul do continente e usam Tavares como entreposto para descanso e alimentação.
— A região é a única que concentra flamingos (aves rosas, de grande porte) durante todo o ano — ensina a bióloga Roséli Azi Nascimento, coordenadora do festival.
A maioria dos participantes do festival é composta por observadores de aves, salienta Riti Soares dos Santos, do ICMBio, administrador do parque da Lagoa do Peixe.