Quem não conseguiu contar com uma ajuda do ar-condicionado nesta sexta-feira (14) sentiu na pele o dia mais quente dos últimos 12 meses na capital gaúcha. Registrada às 15h pelas estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima de 37,8°C foi a maior desde 11 de janeiro de 2021, quando Porto Alegre atingiu 38,4°C.
De acordo com a Climatempo, a tarde foi de sol intenso e poucas nuvens na Capital, por isso, é possível que a marca do dia aumente alguns décimos após a nova leitura, que será realizada às 21h pelo Inmet. Até então, a temperatura mais alta de 2022 no município havia sido registrada em 2 de janeiro: 37°C.
A máxima de Porto Alegre, no entanto, não foi a maior do Rio Grande do Sul nesta sexta. Em Quaraí, os termômetros chegaram a 40°C, em Jaguarão, a 39,8°C e, em Campo Bom, a 39,7°C. Já Rio Parto e Uruguaiana registraram 39,2°C, enquanto Bagé marcou 39°C.
No final de semana, o território gaúcho deve continuar recebendo esse ar quente vindo do norte do Brasil, fazendo com que as temperaturas permaneçam bastante elevadas, apesar da previsão de chuva para os três Estados da região Sul.
No sábado (15), deve chover no Litoral, na Região Metropolitana, na Campanha, na Serra e no Extremo Sul. Para cidades como Santa Maria, Uruguaiana e Santana do Livramento não estão previstas pancadas, mas pode haver nebulosidade. Mesmo assim, o sol forte aparecerá durante muitas horas do dia, afirma a meteorologista da Climatempo Josélia Pegorim.
As maiores temperaturas devem ficar entre 37°C e 40°C. Em Porto Alegre, a mínima prevista é de 23°C e, a máxima, de 37°C. A especialista descarta, porém, a chance de um novo recorde, em função do aumento de nuvens.
No domingo (16), o calor e as altas temperaturas continuarão sendo registrados, mas a possibilidade de chuva aumenta, por causa da chegada de uma frente fria no Litoral Sul. Há previsão de pancadas de chuva com raios à tarde e à noite para todas as áreas do Estado, além de temporais — especialmente na fronteira com o Uruguai —, com risco de queda de granizo e rajadas de vento de até 90 km/h.
— O encontro dessa frente fria com a atmosfera extremamente quente colabora para a formação dessas nuvens muito grandes, que podem provocar essas tempestades com rajadas de vento bastante intensas. Mas essa frente fria não terá força para aliviar o calor no Rio Grande do Sul — explica Josélia.
Para a próxima semana, a previsão é de as áreas de instabilidade sigam se formando no Estado, com risco de temporais, mas as temperaturas só devem apresentar alguma diminuição significativa na quarta-feira (19).
— Essas pancadas de chuva vão fazer a umidade aumentar sobre o RS, deixando o ar mais desconfortável, com uma sensação de ar quente e úmido. Ou seja, vão colaborar para o aumento da sensação de calor — finaliza a meteorologista.