A Amazônia pode ter uma temporada histórica de queimadas devido ao baixo volume de chuva, apontam especialistas. De dezembro a abril, algumas regiões do bioma receberam apenas 60% das precipitações que ocorrem em sua média histórica. O desmatamento ilegal também é outro fator que pode influenciar neste fenômeno. O território seco e desmatado é favorável para o alastramento de possíveis incêndios. As informações são do jornal O Globo.
Uma área de mais de 5 mil quilômetros quadrados de floresta pode ser destruída pelas chamas até o final de 2021, diz o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Nas primeiras semanas de maio, a área devastada foi de 736 quilômetros quadrados, quase o mesmo número registrado em todo o mês em 2019 (739 quilômetros quadrados). No final de abril, o Ministério da Defesa encerrou a Operação Verde Brasil 2 — que mobilizou 20 mil militares por 354 dias para combater o desmatamento.
Ambientalistas acusam o governo de priorizar as tropas militares ao invés de apoiar as ações do Ibama, que tem conhecimento estratégico para fiscalizar os crimes ambientais.
A solução, para o Ministério do Meio Ambiente, é apostar na Força Nacional de Segurança (FNS). Além de fiscalizar atividades na floresta amazônica, a FNS é encarregada de manter a proteção a terras indígenas atacadas por grileiros.