A Nova Zelândia deve declarar uma emergência climática como medida simbólica para aumentar a pressão pelo combate ao aquecimento global. Enquanto o parlamento se reunia novamente após uma eleição geral vencida pelo partido da primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, o governo disse que apresentará uma moção para declarar a emergência na próxima quarta-feira (2).
— Sempre consideramos as mudanças climáticas uma grande ameaça para nossa região e é algo que deve ter medidas imediatas. Infelizmente, não fomos capazes de apresentar uma moção em torno de uma emergência climática no parlamento no último mandato, mas agora podemos — disse Ardern, de acordo com a emissora estatal TVNZ.
Ardern voltou ao poder no mês passado com a maior vitória eleitoral de seu Partido Trabalhista de centro-esquerda em meio século, quando os eleitores a recompensaram por uma resposta decisiva ao coronavírus. A vitória retumbante permite que o partido de Ardern governe sozinho, embora ela tenha juntado forças com o Partido Verde para o próximo mandato de três anos.
Os membros do parlamento recém-eleitos prestaram juramento na terça-feira (24) e retomaram o trabalho na quarta-feira (25) no parlamento mais diverso da história da Nova Zelândia. Há diversidade de cor, gênero e orientação sexual
Em seu último mandato, o governo de Ardern aprovou uma Lei de Carbono Zero, que estabelece a estrutura para zerar as emissões líquidas até 2050, com apoio de todos os partidos no parlamento. Se uma emergência climática for aprovada, a Nova Zelândia se juntará a países como Canadá, França e Reino Unido, que tomaram o mesmo curso para concentrar esforços no combate às mudanças climáticas.
Na semana passada, legisladores japoneses declararam uma emergência climática e se comprometeram com um cronograma firme para zerar as emissões líquidas.