Depois de ciclone-bomba, ventania com tempestade de areia, o Brasil recebe mais um fenômeno meteorológico marcante: uma forte massa de ar frio polar no inverno que não se restringe à atuação no sul do país. Em São Paulo, fazia cerca de 10°C por volta de 13h, segundo registrou estação automática do Inmet.
Esta é a terceira vez que a o frio ocorre em 2020, mas a primeira com essa proporção. De acordo com a Somar Meteorologia, não deve ocorrer mais frio com esta intensidade neste inverno.
O resfriamento intenso da onda começou a ocorrer no sul do Brasil e em Mato Grosso do Sul na última quarta-feira (19). Além do Brasil, esta onda de frio provoca frio intenso na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Bolívia e em parte do Peru.
No Brasil, a influência desta onda de frio muito forte será sentida com diferentes graduações nos Estados do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, Rondônia, Acre e sul do Amazonas. O vento frio desta enorme massa polar deve suavizar o calor até no extremo sul do Pará e do Tocantins. E alguns efeitos também são sentidos em parte da Bahia.
Região Sul
A massa de ar frio polar que se espalha sobre o Brasil provoca frio intenso na Região Sul. Por volta das 5h desta sexta, o Inmet registrava temperaturas negativas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e temperatura já em 0°C no sul do Paraná.
Várias áreas da serra gaúcha e da serra catarinense registraram neve e chuva congelada na tarde e noite desta quinta-feira. São Francisco de Paula (RS), São Joaquim (SC), Nova Petrópolis (RS), Gramado (RS), São José dos Ausentes (RS) e Cambará do Sul (RS), Canela (RS) estão entre as localidades que presenciaram os fenômenos.
O ar frio polar ainda estará forte sobre o Sul na madrugada deste sábado (22). O dia amanhece congelante, com formação de geada e gelo amplo e com forte intensidade. É possível que haja congelamento da água em canos e que se formem lâminas de gelo sobre poças d´água.
A expectativa é de que essa onda de frio atue sobre o Brasil até 23 de agosto. No dia 24, a parte mais intensa da onda de frio já estará sobre o mar e afastada do continente, o que vai permitir a elevação da temperatura.