O caso envolvendo um estudante de Veterinária que entrou em coma após ser picado por uma cobra conquistou os internautas e se tornou meme. A naja, responsável por picar o jovem Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, ganhou um perfil no Twitter neste sábado (11) – ele já acumula mais de 42 mil seguidores.
As publicações do perfil, de tom sarcástico, mostram montagens, memes e mensagens cômicas, em grande parte relacionadas ao tratamento inadequado a animais.
Na bio do perfil, a Naja diz a que veio: “Fui traficada, mas lili cantou. Nesse perfil soltarei verdades acompanhadas de MUITO veneno e memes também”, diz a descrição, logo abaixo de uma foto de capa com a frase: “Ela pica o traficante dela”.
Até e-mail a cobra passou a ter. Os fãs que quiserem entrar em contato podem enviar uma mensagem pelo endereço anajavenenosa@gmail.com.
Entenda o caso
Na última quinta-feira (9), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do Distrito Federal encontrou 16 cobras exóticas que estavam escondidas no núcleo rural Taquara, no Distrito Federal. A apreensão foi feita após uma denúncia anônima. A suspeita é que todas elas pertençam a Lehmkul, que, na noite de terça-feira (7), foi mordido pela cobra da espécie naja, que também pertenceria a ele.
Os animais apreendidos agora estão sendo levados para a delegacia do Gama (cidade satélite de Brasília) e, de lá, serão encaminhadas para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que seja realizada a identificação das espécies.
O rapaz está em estado grave na UTI do Hospital Maria Auxiliadora, que, a pedido da família, não está divulgando seus laudos médicos. Nas suas redes sociais, era possível ver diversas imagens com espécies de cobras. Mas elas foram apagadas depois que o caso ganhou repercussão na imprensa de todo o Brasil.
Depois de morder Pedro, a naja ficou desaparecida por quase 24 horas. Ela foi localizada no começo da noite de quarta-feira (8), por volta das 19h, no Setor de Clubes de Brasília, próxima a um shopping center, após o testemunho de diversas pessoas. Ela estava dentro de uma caixa e escondida atrás de um morro de areia.
A suspeita é que um amigo de Pedro, que já foi identificado pela polícia (mas teve sua identidade preservada), a teria deixado no local. De acordo com o BPMA, tudo indica que ele foi até o local onde as demais cobras foram encontradas nesta quinta-feira, retirou a naja e deixou as demais lá escondidas. Nesta quinta, a Polícia Civil do DF tentou intimá-lo para prestar esclarecimentos na sexta-feira (10), mas ele não foi procurado e não é considerado foragido.