Especialistas apontaram, em novo estudo publicado na revista Nature, que a camada de ozônio continua a se regenerar. O feito foi atribuído ao Protocolo de Montreal — tratado internacional fechado em 1987 com o objetivo de reduzir as emissões de produtos que causam danos à ozonosfera. Também foi observado que as mudanças nas correntes de ar da troposfera do hemisfério sul, provocadas pelo esgotamento do ozônio na estratosfera antártica, pararam e podem, até mesmo, estar em processo de reversão.
A camada de ozônio é um escudo na estratosfera da Terra que absorve a maior parte da radiação ultravioleta que chega do Sol. Sem ela, seria quase impossível sobreviver no planeta.
Os efeitos positivos do Protocolo de Montreal começaram a ser observados no final dos anos 1990, com a recuperação de ozônio nas latitudes médias no norte. Mais recentemente, o buraco na ozonosfera na Antártica também começou a mostrar sinais de recuperação. Utilizando uma série de modelos e gráficos, o estudo aponta a existência de um período de depleção – ou degradação – do ozônio, entre 1980 e 2000, e um período de recuperação, que vai de 2000 a 2017.
Na atmosfera da Terra, existem as chamadas correntes de jato — um tipo de corrente de ar. Antes da virada do século, a deterioração de ozônio fez com que a corrente de jato do sul viajasse mais longe do que o comum, mudando padrões de precipitação e, potencialmente, as correntes oceânicas.
Os estudiosos também apontam que as consequências do Protocolo de Montreal deverão tornar-se mais aparentes no futuro. De acordo com o estudo, que pode ser acessado através deste link (em inglês), a pausa nas mudanças nas correntes de ar está “apenas começando a surgir” nas observações.
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