A ativista sueca Greta Thunberg rejeitou nesta quarta-feira (30) o prêmio ambiental do Conselho Nórdico, argumentando que o movimento precisa que os políticos e as pessoas com poder ouçam a ciência.
— Agradeço ao Conselho Nórdico por esta distinção. É uma grande honra. Mas o movimento pelo clima não precisa de mais prêmios. O que precisamos é que os líderes e os políticos ouçam a melhor ciência disponível — afirmou numa mensagem publicada nas redes sociais.
A adolescente sueca de 16 anos foi distinguida numa cerimônia em Estocolmo do Conselho Nórdico, uma instituição regional para a cooperação interparlamentar. Escolheram Thunberg por dar "nova vida" ao debate sobre o meio ambiente e o clima e inspirar milhões de pessoas a exigir ações concretas dos governos.
Na cerimônia, uma representante de Thunberg anunciou que a ativista não iria aceitar o prêmio, nem o valor que é entregue aos homenageados: quase 47 mil euros.
Nas redes sociais, a jovem explicou as razões, acompanhadas de críticas. "Os países nórdicos têm grande reputação em todo o mundo quando se trata de questões climáticas. Não há falta de palavras bonitas. Mas quando falamos das nossas emissões reais e a nossa pegada ecológica per capita (…) é uma história totalmente diferente".
"Na Suécia, vivemos como se houvesse quatro planetas, de acordo com a WWF e a Global Footprint Network. E quase o mesmo se aplica a toda a região nórdica", alerta Thunberg. "O fosso entre o que a ciência exige (…) e a política que governa os países nórdicos é gigante", reforçou.