Mobilizado via redes sociais pela estudante do Ensino Médio Elisa Fink, 17 anos, um grupo de simpatizantes da causa ambiental posicionou-se na rampa de acesso ao Palácio Farroupilha (Assembleia Legislativa), no centro de Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira (27), repetindo atos realizados em diferentes partes do mundo contra as mudanças climáticas.
Nesta sexta, mais uma vez, a mobilização global ocorreu em diferentes países. Na Nova Zelândia, por exemplo, mais de 40 mil pessoas, um número recorde, protestaram em frente ao Parlamento. Em Montreal, no Canadá, milhares também foram às ruas. Todos apoiam o apelo da ativista Greta Thunberg para que os adultos ajam para evitar um desastre ambiental. Entre as principais pautas estão as queimadas na Amazônia e na Indonésia, o aquecimento global e a redução das emissões de gás carbônico.
Em Porto Alegre, o grupo identificado no Instagram como @fridaysforfuture_poa – "Fridays for Future" (Sextas pelo Futuro) – ergueu cartazes com dizeres como “Não existe Planeta B” e “O clima está mudando, por que nós não estamos?” e permaneceu em silêncio no local por cerca de uma hora. Alguns motoristas que passaram pela Assembleia Legislativa buzinaram em apoio, pedestres pararam para ler as mensagens, outros fotografaram e teve quem apenas fizesse um gesto de negativo com a cabeça ao passarem em frente aos cartazes.
Esta foi a segunda vez, a primeira ocorreu no dia 20 de setembro, que simpatizantes da causa ambiental reuniram-se na Capital. A meta, segundo Elisa, é fazer o mesmo protesto a cada nova sexta-feira, como faz Greta, e incentivar mais pessoas a fazerem parte do movimento.
— Eu sempre tive vontade de fazer algo em defesa da natureza. A Greta me inspirou a tentar mobilizar os jovens daqui — contou.
Professor de biologia e ciências, Maurício Martins participou do protesto, mesmo salientando que a organização deve continuar sendo feita pelos jovens.
— É uma mobilização estudantil, de quem está preocupado com o futuro do nosso planeta. Estou aqui para ajudar a aumentar o grupo e porque também acredito na causa — justificou.