A perda de hábitat, com o abatimento das árvores, e as alterações climáticas estão contribuindo para a extinção dos coalas no planeta, conforme aponta a Fundação Australiana dos Coalas. A instituição alerta que estes animais estão “virtualmente extintos” porque já não existem coalas suficientes com capacidade reprodutora para garantir a próxima geração. Conforme a Fundação, só existem 80 mil indivíduos da espécie em liberdade em todo o mundo.
Segundo a fundação, que divulgou um comunicado à imprensa sobre a situação dos coalas, o número de indivíduos em liberdade que ainda existem corresponde a 1% dos exemplares que, entre 1890 e 1927, foram mortos para que o pelo fosse enviado para Londres. Mas a situação ainda é reversível, acredita a Fundação dos Coalas.
Para que o problema seja resolvido, a entidade propôs a criação de uma “Lei de Proteção do Coala” ao governo australiano, que se concentraria na proteção de árvores, inclusive em hábitats que estão vazios. Hoje, as legislações estadual e federal estão focadas no próprio animal, mas o problema estaria na falta de hábitat.
De acordo com a Fundação, a situação é ainda mais crítica porque a indústria está autorizada a tirar os coalas para utilizar uma determinada área florestal. Num comunicado, a diretora da entidade, Deborah Tabart, dirigiu-se diretamente ao governo para pedir novas medidas de proteção desta espécie, que é um símbolo nacional mas também muito importante no hábitat australiano: “Chamo o novo primeiro-ministro depois das eleições de maio para promulgar a Lei de Proteção do Coala que foi escrita e está pronta a ser posta em prática desde 2016. A condição do coala agora está em cima dos seus ombros”.