A Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do leilão dos seis lotes da orla da Praia de Taquarinhas, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que estava marcado para segunda-feira (18). Os motivos para o cancelamento ainda não foram divulgados. O lance inicial para a compra da área era de R$ 230 milhões. As informações são da coluna de Dagmara Spautz, do NSC Total.
A suspensão já havia sido informada na quinta-feira à noite pelo senador Esperidião Amin (PP), que soube do cancelamento pela presidência da Caixa. O senador marcou uma reunião com o presidente do banco, Pedro Guimarães, para a próxima quarta-feira (20). O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, participará do encontro.
Na quinta, o prefeito assinou um decreto de “necessidade social” para a área de Taquarinhas – o que equivale a dizer que considerou os terrenos de interesse público. A intenção é tornar a praia um parque ambiental. Taquarinhas é a última praia intocada de Balneário Camboriú, e uma das últimas do Litoral Norte de SC.
Fabrício disse, na manhã desta sexta-feira (15), que está buscando saídas jurídicas para resolver o impasse junto ao banco.
— Pagar a indenização (de R$ 230 milhões) é inviável. Vamos buscar uma solução — afirmou.
Os seis terrenos de Taquarinhas pertenciam a um grupo paranaense, que tinha intenção de construir ali um resort. Sem autorização para a obra, por questões ambientais, a área foi entregue pela empresa ao banco como garantia de um empréstimo. A construtora não pagou, e os terrenos foram tomados pela Caixa.
Por lei, em caso de alienações fiduciárias – como é conhecido esse tipo de transação – o banco tem que levar o bem resgatado como garantia a leilão.
O anúncio oficial da venda alerta que se trata de uma área em área de preservação permanente, e que para construir no local é necessário consultar os órgãos responsáveis.