O motorista suspeito de atropelar no último sábado um grupo de pessoas e matar uma mulher na saída de uma festa em São Luiz Gonzaga, na região das Missões, foi preso nesta segunda-feira (18). O homem, de 25 anos, que não teve o nome divulgado, foi até a delegacia da cidade para prestar esclarecimentos sobre o caso quando foi comunicado da prisão preventiva decretada pela Justiça.
Mais cedo, o advogado do jovem já havia dito que ele se apresentaria à polícia. O veículo usado naquela noite foi entregue aos investigadores. Moradora de Caxias do Sul, Rosemeri Pereira da Silva, 57 anos, acabou morrendo. Ela estava em São Luiz Gonzaga para visitar familiares. A vítima deixou cinco filhos.
O suspeito dirigia uma caminhonete Saveiro quando atingiu um grupo de pessoas, na saída de uma festa que ocorria no Clube dos Sargentos, no centro da cidade, na madrugada do último sábado (16). Uma briga generalizada ocorria no momento da colisão.
Conforme a delegada Elaine Maria Schons, responsável pela investigação, o suspeito disse em depoimento que não viu que havia atropelado uma pessoa. Relatou que chegou a ouvir um barulho, mas que só ficou sabendo do acontecido na manhã seguinte, quando estava trabalhando.
— O tumulto começou dentro da festa e terminou do lado de fora. Segundo testemunhas, o suspeito de homicídio não se envolveu na briga. Ele foi até o estacionamento onde estava seu carro para ir embora. Havia muitas pessoas na frente. Ele negou que tenha jogado o carro para cima das pessoas — relata a delegada.
Além da vítima fatal, pelo menos duas mulheres ficaram feridas.
— Estamos tratando o caso como homicídio com dolo eventual. Temos informações que ele não se importou com as pessoas que estavam na frente. Ele jogou o carro no grupo de pessoas para sair do tumulto — complementa a policial, acrescentando que o suspeito negou que tenha ingerido bebida alcoólica naquela noite.
O empresário tem antecedentes policiais por embriaguez ao volante, mas sem condenação. Além do veículo, as roupas que teriam sido utilizadas por ele no dia do crime também foram entregues à polícia.
O advogado do suspeito, que pediu para não ser identificado, disse que o cliente não teve a intenção de atropelar ninguém.
— Ele não teve nada o que ver com a briga. Houve um tumulto generalizado. Uma mulher se envolveu numa briga com o ex-companheiro. O tumulto também se estendeu com os seguranças. Meu cliente não tinha nada que ver. Ele foi empurrado antes de chegar até seu veículo. Quebraram vários veículos no local. Ele não olhou ninguém na frente. Não teve intenção de jogar o carro contra o grupo de pessoas. Na visão dele, o caminho estava livre — justifica o advogado.