Um dos líderes dos caminhoneiros que estão mobilizados no País afirma que não há negociação com o governo federal. Fábio Roque, do Comando Nacional do Transporte, declarou que os protestos iniciados nesta segunda-feira (9) seguirão enquanto a presidente Dilma Rousseff estiver no poder.
"É renúncia ou impeachment", afirmou o manifestante, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter de hoje.
Caminhoneiro de Santa Rosa, Fábio Roque diz que a mobilização - que está sendo organizada há mais de uma semana - é uma sequência dos protestos de fevereiro, que, segundo ele, não resultaram em medidas concretas para a categoria.
Roque também disse que o protesto é pacífico e citou alguns dos veículos que têm passagem livre nas rodovias - como caminhões com leite, ração animal, lixo, remédio e comida para hospitais, além de ambulâncias, ônibus, motos e automóveis.
Ele garantiu ainda que não há intimidação com caminhoneiros que não participam dos atos. Ao mesmo tempo, falou em risco para quem continuar trafegando.
"Então eu dou um recado aqueles que dizem que são obrigados. Ninguém é obrigado. Vocês são convidados a aderirem ao movimento. Vai da cabeça de cada um. Agora o risco de você ficar rodando é iminente", declarou.
O chefe de policiamento e fiscalização na Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado, inspetor Paulo Júnior, classifica o atual momento como preocupante, mas sob controle. Ele adianta que a segurança das rodovias será reforçada durante a noite, em razão de alguns casos de apedrejamento na madrugada passada.
"A PRF vai reforçar as equipes durante a noite, porque se preocupa com isso. Mas quer entender que quem pratica esses atos são vândalos e criminosos", afirma o inspetor.