Marte pode ter água suficiente para formar o equivalente a um oceano global com um a dois quilômetros de profundidade. A descoberta foi anunciada por cientistas nesta segunda-feira (12), baseada em medições sísmicas da sonda Mars InSight da Nasa, que identificou mais de 1,3 mil tremores no planeta até 2022, quando encerrou as atividades.
Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o artigo revela que essa água encontra-se entre 11,5 e 20 quilômetros da crosta marciana. A hipótese do estudo é que que o líquido se infiltrou no solo quando Marte tinha rios, lagos e oceanos – há milhões de anos.
As conclusões do estudo foram baseadas na combinação de modelos computacionais, juntamente com medições da InSight e a velocidade dos abalos sísmicos no local. Assim, a presença de água subterrânea foi apontada como a mais provável das explicações.
Em 2020 outro estudo, porém da revista Science indicou que o planeta vermelho possui água no estado líquido no polo sul, porém seria água salobra abaixo de uma camada de gelo.
Somente com aparelhos de perfuração ou outros aparelhos específicos será possível confirmar a presença de água e vida microbiana em Marte.
Mesmo fora de atividade há dois anos, os dados coletados sobre o interior de Marte feitos pela InSight seguem sendo estudados pelos cientistas.
A teoria científica, é de que parte da água existente em Marte há três milhões de anos escapou no espaço ou ficou abaixo da superfície do planeta, o transformando em um mundo árido e empoeirado.