Depois de dois anos de treinamento rigoroso, dez americanos se tornaram oficialmente astronautas, nesta terça-feira (5), e agora são elegíveis para missões da Nasa para a Estação Espacial Internacional (ISS), a Lua e, se tudo correr bem, para Marte.
Dois emiradenses que treinaram com eles também se formaram nesta terça durante uma cerimônia no centro espacial Johnson, em Houston, Texas, sul dos Estados Unidos.
Os membros desta turma, apelidados "The Flies" (As Moscas) foram selecionados entre 12 mil aspirantes em 2021 e seu treinamento incluiu a simulação de caminhadas espaciais, robótica, sistemas da estação espacial e muito mais.
— Estão aqui porque são excepcionais. Pedimos-lhes que embarquem em um foguete e arrisquem suas vidas para avançar no objetivo do nosso país de explorar o desconhecido — disse Jim Free, administrador associado da Nasa.
Entre os novos formados há pilotos de combate, cientistas, engenheiros e um médico, que provêm tanto do meio militar quanto civil. Christina Birch, que tem doutorado em engenharia biológica, destacou o companheirismo do grupo durante seu tempo juntos.
— Sei que todas as 'moscas' têm grande senso de responsabilidade e emoção pelo que virá. Nós nos sentimos prontos — falou.
Os Estados Unidos planejam levar novamente astronautas à superfície da Lua em 2026, na missão Artemis 3, segundo a Nasa. A agência espacial americana quer estabelecer uma presença permanente no satélite natural da Terra e aplicar as noções aprendidas ali em uma viagem futura a Marte.
A Nasa abriu as candidaturas para sua próxima turma de astronautas, com data-limite de inscrições em 2 de abril. Os aspirantes devem ter cidadania americana e podem ser formados em ciências ou em uma área técnica, ter ao menos dois anos de doutorado ou titulação em medicina, ou ainda integrar uma escola de pilotos.
O salário anual é de $ 152.258 (R$ 753.403, na cotação atual) e o anúncio da vaga alerta que o trabalho remoto não é uma opção.