A sonda Odysseus, da empresa americana Intuitive Machines, enviou suas primeiras imagens do ponto mais ao sul em que um veículo já pousou na Lua, segundo publicação da companhia na rede social X (antigo Twitter) nesta segunda-feira (26). Na postagem, porém, a empresa afirma que deve perder o contato com a sonda nesta terça-feira (27), após o equipamento tombar em solo lunar — reduzindo, assim, a quantidade de dias prevista para operação do módulo. Segundo o portal g1, a expectativa inicial da Nasa era de que o módulo operasse por um período de sete a 10 dias.
"Os controladores de voo pretendem coletar dados até que os painéis solares do módulo de pouso não estejam mais expostos à luz. Com base no posicionamento da Terra e da Lua, acreditamos que os controladores de voo continuarão a se comunicar com o Odysseus até terça-feira de manhã", relata a publicação da Intuitive Machines.
Das duas fotos compartilhadas nesta segunda-feira (veja abaixo), uma mostra o momento da descida do módulo em formato hexagonal e a outra foi tirada 35 segundos depois de tombar em solo lunar.
Presença na Lua
A nave não tripulada, que tem mais de quatro metros de altura, pousou na Lua às 23h23min GMT de quinta-feira (22) (por volta de 20h23min no fuso horário de Brasília), tornando-se a primeira empresa privada a pousar na Lua e marcando o retorno dos Estados Unidos ao satélite natural da Terra após mais de 50 anos.
No entanto, uma série de contratempos, incluindo uma falha no sistema de navegação, complicou a descida final e a sonda acabou tombada de lado ao invés de pousar verticalmente.
A nave transporta instrumentos científicos da Nasa, que busca explorar o polo sul da Lua antes de enviar astronautas em sua emblemática missão Artemis.
A agência espacial americana passou a atribuir este serviço a empresas privadas, uma estratégia que visa permitir viagens com maior frequência e menor custo, além de promover o desenvolvimento de uma economia lunar capaz de sustentar a presença humana duradoura na Lua, um dos objetivos do programa Artemis.
O astrônomo Jonathan McDowell contou à agência de notícias AFP que embora "certamente haja coisas a serem resolvidas para futuras missões", o projeto da Nasa está indo na direção certa. Para ele, trata-se de um "sucesso com pequenos inconvenientes".