No início de março, uma explosão solar 40 vezes maior do que a Terra liberou uma onda de plasma pelo espaço. O fenômeno atingiu Mercúrio, causando auroras de radiação eletromagnética no planeta. Conforme o Observatório Solar Dynamics (SDO), da Nasa, a erupção foi provocada por uma explosão que ocorreu no dia nove de março.
Nesse dia, o observatório registrou um filamento de plasma escurecido, que explodiu no lado mais afastado do Sol. "Na sua maior dimensão, enquanto ainda estava ligado ao Sol, media pelo menos 600 mil quilômetros de comprimento", escreveu Alex Young, heliofísico da Nasa, ao compartilhar o registro do momento.
A explosão atingiu Mercúrio no dia seguinte, ao liberar uma ejeção de massa coronal, grande erupção de gás ionizado que sai da coroa solar. Essas nuvens viajam rapidamente pelo espaço e se parecem com auroras boreais, também causadas por interações entre partículas solares e o campo magnético da Terra.
Não é a primeira vez que Mercúrio é atingido por esse tipo de fenômeno. Trata-se um planeta que praticamente não possui magnetosfera, campo magnético responsável pelo equilíbrio dos processos eletrodinâmicos. Essa ausência ocorre justamente pela frequência do bombardeio de partículas do Sol. As informações são do portal Terra.