Uma equipe de pesquisadores da Universidades de Leeds, no Reino Unido, identificou a maior tempestade solar já ocorrida na história, que atingiu a Terra há 14 mil anos. Foi percebido um grande pico nos níveis de radiocarbono de árvores antigas localizadas nos Alpes Franceses, no Leste da França, que, para os cientistas, são evidências de resquícios do fenômeno.
De acordo com o estudo publicado na segunda-feira (9), uma tempestade solar semelhante àquela seria catastrófica nos dias atuais, devido ao contexto digital em que vivemos. Sistemas de telecomunicações e de satélite, muito provavelmente, seriam destruídos, proferindo um prejuízo milionário na indústria.
"Tempestades solares extremas podem ter enormes impactos na Terra. Essas supertempestades podem danificar permanentemente os transformadores das nossas redes elétricas, resultando em apagões enormes e generalizados que duram meses", diz o professor de Estatística Aplicada na Escola de Matemática da Universidade de Leeds, Tim Heaton no estudo.
Estes tipos de tempestades solares extremas são conhecidos como Eventos Miyake, maior tipo do fenômeno já identificado pelos estudiosos.
Para os especialistas, é importante compreender estes eventos astronômicos para proteger, de forma mais eficaz, as comunicações globais e a infraestrutura energética de uma nova tempestade solar no futuro.
"O radiocarbono fornece uma forma fenomenal de estudar a história da Terra e reconstruir eventos críticos que ela experimentou. Uma compreensão precisa do nosso passado é essencial se quisermos prever com precisão o nosso futuro e mitigar riscos potenciais. Ainda temos muito que aprender. Cada nova descoberta não só ajuda a responder questões-chave existentes, mas também pode gerar novas", afirma Heaton.