A muda da primeira sequoia lunar de Porto Alegre foi plantada nesta quinta-feira (5) na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), na zona norte da Capital. O broto tem origem em um experimento científico da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, na década de 1970, durante uma das viagens de exploração à Lua.
O Estado tem duas sequoias lunares: a primeira foi colocada no Parque de Exposições de Santa Rosa, na região Noroeste, em 1981. A outra foi plantada em 1982, em Cambará do Sul, na Serra. A muda foi doada pelo presidente da quinta Fenasoja, Nilso Fortunato Guidolin, à Fecomércio-RS. A entidade realizou o plantio em um ato solene que contou com a presença de autoridades locais e dirigentes da federação no bairro Anchieta.
— Fazer parte da história de um experimento tão importante mundialmente é uma honra. Cinco décadas após a missão Apollo 14, somos um dos poucos lugares que abriga um testemunho vivo das primeiras viagens da humanidade à Lua. São evidências da nossa evolução e pesquisa do homem, através da ciência, por soluções e inovação. É o que fazemos todos os dias. Somos eternos "cientistas" em busca do desenvolvimento, crescimento e perseguindo o que é o melhor para o lugar onde vivemos, produzimos e prosperamos — disse Luiz Carlos Bohn, presidente da entidade.
O ato também foi oficializado por meio de uma placa colocada no memorial da Fecomércio-RS.
História do experimento
Em 1971, o astronauta Stuart Roosa, durante a missão Apollo 14, levou centenas de sementes de sequoia ao espaço. Elas estiveram em órbita lunar durante as 34 voltas da missão e, ao retornar à Terra, foram distribuídas para vários países do mundo, entre eles o Brasil. Acredita-se que, ao todo, são pelo menos cem sequoias lunares espalhadas pelo planeta.
Conhecida como uma das “Árvores da Lua” (The Moon Trees, em inglês), a muda é o quarto exemplar no Brasil. Além das árvores existentes em Cambará do Sul e Santa Rosa, há uma na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Brasília.
Os brotos foram doados pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos, em 1980. As árvores lunares ajudaram os cientistas a compreenderem melhor os efeitos da baixa gravidade sobre o crescimento das plantas.