O asteroide 2006 HV5, que tem 300 metros de diâmetro, passará próximo da Terra nesta quarta-feira (26) a uma velocidade de 61 mil km/h. Para efeitos de comparação, esse corpo celeste é maior do que a Torre Eifel, que tem 125 metros de diâmetro e está localizada na França, e tem cerca de oito vezes o tamanho do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o asteroide chegará a 2,4 milhões de quilômetros do planeta, o que, na escala espacial, é considerada como uma distância relativamente pequena.
Devido à pequena distância que o corpo celeste ficará do planeta, os astrônomos o enquadraram em uma categoria chamada objetos próximos à Terra (NEOs, na sigla, em inglês), que engloba corpos celestes que ficam a menos de 48 milhões de quilômetros da órbita terrestre.
O 2006 HV5 também foi considerado pelos especialistas como um objeto potencialmente perigoso, classificação que se refere aos corpos celestes que têm mais de 140 metros de diâmetro e que se aproximam da Terra a uma distância inferior a 7,4 milhões de quilômetros.
O asteroide representa perigo à Terra?
Conforme informaram os cientistas do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), se a rota de colisão da rocha espacial mudar, ela poderá atingir a Terra. No entanto, eles esclareceram que o 2006 HV5 não apresenta nenhuma ameaça efetiva ou perigo à vida humana.
Os astrônomos também explicaram que apesar do que pode sugerir a denominação de objeto potencialmente perigoso, essa designação somente indica que num futuro distante, na ordem de séculos ou milênios, a órbita desse corpo celeste poderá evoluir a tal ponto de oferecer risco de impactar a Terra.
Para quem deseja acompanhar a passagem da rocha espacial, precisará utilizar telescópios sofisticados, pois o fenômeno não será visto a olho nu.
Descoberta do 2006 HV5
O asteroide 2006 HV5 foi identificado pela primeira vez em abril de 2006 a partir do projeto Lincoln Near-Earth Asteroid Research (Linear).
O Linear é uma iniciativa que conta com a coordenação entre a Força Aérea dos Estados Unidos, a Nasa e o Laboratório Lincoln do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, para a detecção e monitoramento de objetos espaciais próximos à Terra.