A empresa matriz do Google, a Alphabet, anunciou nesta sexta-feira (20) um plano global para cortar 12 mil vagas de trabalho, seguindo a tendência de outros gigantes da tecnologia de aplicar uma reestruturação em larga escala.
"Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12 mil empregos", disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em um e-mail enviado aos funcionários. Na mensagem, Pichai afirma que as demissões são uma resposta a "uma realidade econômica distinta, que enfrentamos hoje".
"Fizemos uma revisão rigorosa em todas as áreas de produtos e atividades para garantir que nosso pessoal e nossos cargos estejam alinhados com nossas prioridades mais importantes como empresa", escreveu Pichai.
"Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos 'Googlers' pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui", acrescentou o CEO.
Outras empresas
A medida foi anunciada um dia depois de a Microsoft divulgar seu plano de demitir 10 mil trabalhadores nos próximos meses. Outras grandes empresas de tecnologia já haviam informado planos de corte de funcionários, também sob a justificativa de que o setor enfrenta turbulências econômicas. O anúncio da Amazon ocorreu no dia 4 de janeiro. A empresa cortará mais de 18 mil empregos de sua força de trabalho, incluindo alguns na Europa, e justificou a decisão pelo contexto de uma "economia incerta" e pelo fato de a gigante do varejo on-line ter contratado rapidamente durante a pandemia da covid-19.
No mesmo dia, começaram as demissões no Twitter. A decisão foi informada aos funcionários por meio de um memorando. Cerca de metade dos 7,5 mil funcionários da plataforma foi afetada. "Em um esforço para colocar o Twitter em um curso saudável, iniciaremos o difícil processo de reduzir nossa força de trabalho global", afirmava o e-mail.
A Meta, empresa que é dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, demitiu 13% de seus funcionários — cerca de 11 mil cortes — em novembro do ano passado. O CEO, Mark Zuckerberg, ponderou que as decisões, que também incluíram cortes de gastos, ocorrem após uma receita bem abaixo do que ele esperava no terceiro trimestre de 2022.
* AFP