A Nasa lançou na quarta-feira (6) dois foguetes a Alpha Centauri, com a intenção de investigar a possibilidade de encontrar vida no sistema estelar. A região espacial contém milhares de exoplanetas com potencial de investigação por parte da agência espacial americana.
O lançamento ocorrido na Austrália enviou a Sistine, segunda missão científica com o intuito de estudar o conjunto de estrelas e planetas mais próximo do Sistema Solar, a aproximadamente 4,37 anos-luz do Sol.
Outro foguete que será enviado a Alpha Centauri é o Deuce, com previsão de lançamento para 12 de julho deste ano. Duas estrelas, semelhantes ao nosso Sol, serão analisadas pelos especialistas, com base nas imagens capturadas pelos equipamentos.
Serão utilizadas luzes ultravioletas para observar com maior precisão os comprimentos de onda, os quais são mais curtos do que a luz visível a olho humano. O uso desse fator é uma questão crítica para localizar, com um possível sucesso, vida fora da Terra.
Um pouco da luz ultravioleta auxilia na formação de moléculas necessárias para a vida. Entretanto, podem erodir uma atmosfera, deixando para trás um planeta inóspito.
— Entender a radiação ultravioleta é extremamente importante para compreender o que torna um planeta habitável — disse Brian Fleming, astrônomo responsável pela missão Deuce. O especialista ressalta que essas ondas eletromagnéticas desempenharam um papel importante para determinar como Marte e Vênus perderam parte de suas atmosferas.
Essas medições serão realizadas pela Sistine e Deuce, que, com apenas uma semana de intervalo, vão trabalhar em conjunto para obter imagens completas da luz ultravioleta proveniente da Alpha Centauri A e B. Os pesquisadores definiram que os estudos seriam nessas estrelas por se tratarem de possíveis referências de identificação completa dos raios ultravioletas.
O primeiro lançamento envolvendo a busca por vida fora da Terra ocorreu em 26 de junho, quando o XQC foi lançado a Alpha Centauri. Sistine e Deuce se juntam ao equipamento para intensificar as investigações.
Ao todo, 5 mil exoplanetas em toda a galáxia são conhecidos pelas agências espaciais ao redor do mundo, incluindo a Nasa. Na busca por outros lugares que possam hospedar a vida como a conhecemos, os astrônomos se concentraram em planetas que orbitam na zona habitável, definida como as distâncias de uma estrela onde a temperatura da superfície possa suportar água.