Ao nascer do Sol desta terça-feira (14), pouco antes das 5h, lá estava ela: a Superlua, especialmente brilhante em áreas de céu limpo. Para quem não viu o espetáculo nas primeiras horas do dia, ainda dá tempo de apreciar o fenômeno entre a noite desta terça e a madrugada de quarta-feira (15).
Segundo Rodolfo Langui, coordenador do Observatório Didático de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru, embora Superlua seja um termo popular, o fenômeno agrega dois momentos astronômicos: a Lua na fase cheia e no ponto da sua órbita mais próximo da Terra.
— É um termo popular, que na astronomia chamamos de Lua Cheia de Perigeu. Isso acontece quando a Lua, ao girar em volta da Terra, em órbita elíptica, vai ter um momento no mês que vai passar mais próxima da Terra e vai ter momento que ela vai se afastar mais. Como os objetos parecem maiores quando estão mais perto ou menores quando estão mais longe, a Lua também. Mais perto da Terra, parece que ela fica um pouco maior, e quando coincide dela passar pelo perigeu e de ser lua cheia, então temos a Superlua, ou Lua Cheia de Perigeu — explica Langhi.
Langui diz que observar a Lua nesta terça ao pôr do Sol, pode ser um excelente espetáculo:
— Você vai esperar o Sol se pôr e olhar para o horizonte Leste, que é o momento em que a Lua estará nascendo. É uma das mais belas visões da astronomia. Mas, ela vai ficar no céu a noite toda. Se tiver um binóculo, melhor ainda.
Segundo a Climatempo, a previsão para a noite desta terça é de pouca nebulosidade no Estado. No Litoral e na Capital, porém, há risco de nevoeiro a partir das 21h. Por isso, a visibilidade pode ficar comprometida.
Superlua de morango
O fenômeno lunar que ocorrerá em junho também é conhecido como Superlua de morango. O nome foi criado pelos povos nativos da América do Norte que usavam os corpos celestes como indicadores para saber o melhor momento para plantar, colher e caçar.
De acordo com a crença dos povos antigos, essa Superlua marcaria o mês de junho, em que os frutos selvagens, como o morango, amadurecem no hemisfério norte, no período equivalente ao final da primavera.
— Lua de morango e outros nomes como Lua do lobo, Lua de mel, tem origem nas culturas indígenas da América do Norte, dos Estados Unidos. Estes nomes foram inicialmente usados por lá e devido à globalização, ouvimos também por aqui. Mas são culturais. A cor da Lua não muda. A não ser que a pessoa esteja observando a Lua nascendo no horizonte Leste ou se pondo no horizonte Oeste. Neste momento, não só a Lua, mas qualquer astro quando fica próximo do horizonte, tem um tom mais avermelhado, alaranjado, devido à atmosfera da Terra — explica Langui.