O mês de junho tem alguns acontecimentos astronômicos que poderão ser observados em todo planeta. Um dos mais esperados é a primeira Superlua do ano, situação em que o satélite estará em sua fase cheia e se encontrará na distância de aproximação máxima com a Terra. Com essa aproximação, a Lua poderá ser vista maior e mais brilhante do que o habitual. O fenômeno está previsto para o dia 14.
Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), na primeira Superlua do ano, o satélite aparecerá 17% maior e 30% mais brilhante. Isso é possível devido à forma elíptica da órbita da Lua ao redor da Terra, que é mais oval do que circular, e também ao fato de o satélite estar em perigeu, ficando a aproximadamente 363 mil quilômetros do planeta. No outro extremo, o ponto mais distante, chamado de apogeu, fica a cerca de 405 mil quilômetros da Terra.
A Lua fica nas posições de apogeu e perigeu em média uma vez a cada 28 dias, que é equivalente ao tempo do ciclo lunar. Algumas vezes, isso coincide com o ciclo das fases, como no caso da Superlua de junho, quando o satélite estiver na fase cheia.
Em 13 de julho, ocorrerá a Microlua, situação em que o satélite, que estará em sua fase cheia, se encontrará em apogeu com a Terra.
Em maio, a Lua já havia sido uma das protagonistas dos eventos astronômicos. Entre a noite do dia 15 e a madrugada do dia 16, ocorreu o eclipse lunar total. Nesse período, a Lua e o Sol estavam alinhados em lados opostos da Terra e, com isso, o satélite ficou na sombra do planeta e deixou entrar um pouco da luz solar. Como resultado, a Lua adquiriu uma coloração vermelha.
Superlua de morango
O fenômeno lunar que ocorrerá em junho também é conhecido como Superlua de morango. O nome foi criado pelos povos nativos da América do Norte que usavam os corpos celestes como indicadores para saber o melhor momento para plantar, colher e caçar.
De acordo com a crença dos povos antigos, essa Superlua marcaria o mês de junho, em que os frutos selvagens, como o morango, amadurecem no hemisfério norte, no período equivalente ao final da primavera.
Chuvas de meteoros
Está prevista para a madrugada de 7 de junho o pico máximo da chuva de meteoros Arietídeos. Os astrônomos estimam a taxa de 30 meteoros por hora. O fenômeno, que começou em 14 de maio, se estende até 24 de junho.
A chuva de meteoros Bootídeos ocorrerá entre 22 de junho e 2 de julho. O pico máximo será em 27 de junho.
Conjunções dos planetas com a Lua
Estão previstas para junho quatro conjunções de planetas do Sistema Solar com a Lua. O primeiro ocorrerá no dia 18 às 9h22min , quando Saturno estará em conjunção com o satélite, ou seja, ambos serão vistos como se estivessem muito próximos. No entanto, essa aproximação não ocorre de fato, é somente um efeito visual. No Hemisfério Norte, os dois corpos celestes serão visíveis abaixo do horizonte por cerca de três horas antes do amanhecer. Já no hemisfério sul, os dois se levantarão antes da meia-noite e estarão visíveis durante toda a noite.
Em 21 de junho, às 10h31min, ocorrerá a conjunção da Lua com Júpiter. Os corpos celestes se encontrarão na constelação de Peixes e brilharão o suficiente para serem vistos a olho nu. Os astrônomos indicam que, para quem estiver no hemisfério sul, os corpos celestes serão vistos do horizonte pela noite inteira e atingirão seu ponto máximo de brilho pouco antes do amanhecer.
Para 22 de junho está prevista a conjunção de Marte com a Lua. Observadores do hemisfério norte terão apenas algumas horas antes do nascer do Sol para apreciar a Lua e o planeta vermelho brilhando abaixo da linha do horizonte. Já para os que estiverem no hemisfério sul, os corpos celestes surgirão por volta das 1h e 2h da manhã e se moverão pelo alto céu a noite toda .
Em 26 de junho, a conjunção será entre a Lua e Vênus. Nesse período, os corpos celestes serão encontrados na constelação de touro. Astrônomos alertam que o satélite e o planeta surgirão pouco antes do Sol, e que os observadores terão apenas duas horas para visualizar o fenômeno.
A última conjunção ocorrerá no dia 27 e será entre Mercúrio e Lua. Nessa fase, o satélite natural estará quase invisível e no dia seguinte atingirá a fase de Lua Nova. Com relação ao planeta, ele ficará visível apenas uma hora antes do Sol e não terá tempo para subir acima do horizonte, o que tornará o fenômeno difícil de ser observado.
Alinhamento dos planetas
Na manhã de 24 de junho, será o alinhamento de todos planetas do Sistema Solar. Apesar disso, a olho nu só será possível ver Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. No hemisfério norte, os cinco planetas mencionados aparecerão alinhados em linha diagonal, enquanto no hemisfério sul os corpos celestes estarão alinhados de forma mais verticalizada. Para observar Netuno e Urano, os observadores precisarão utilizar binóculos. Segundo os astrônomos, os observadores do hemisfério sul terão uma visão melhor.
Assim como ocorre com as conjunções, o alinhamento entre os planetas é um fenômeno que é resultado de um efeito de perspectiva que dá a impressão que os corpos celestes estão realmente muito próximos.
Calendário de fenômenos astronômicos
- 07 de junho Pico máximo de atividade da chuva de meteoros Arietídeos;
- 14 de junho: Superlua;
- 18 de junho: Conjunção entre Saturno e Lua;
- 21 de junho: Conjunção entre Júpiter e Lua;
- 22 de junho: Conjunção entre Marte e Lua;
- 24 de junho: Alinhamento de todos planetas do Sistema Solar;
- 26 de junho: Conjunção entre Vênus e Lua;
- 27 de junho: Conjunção entre Mercúrio e Lua e pico máximo de atividade da chuva de meteoros Bootídeos.