Lançado pelo Piratini no final da tarde desta quinta-feira (9), o Programa GameRS pretende contribuir para o desenvolvimento do setor de jogos digitais no Estado. A primeira ação do programa ocorrerá em agosto, com o lançamento do edital TechFuturo, que disponibilizará R$ 1,6 milhão para empresas que adicionem tecnologias portadoras de futuro (uso de métodos e ferramentas inovadoras) nos seus produtos e serviços.
A meta, segundo o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, é atender pelo menos 20 empresas neste primeiro edital, que terá uma segunda edição em 2021. O Rio Grande do Sul é um dos Estados pioneiros na produção de games no Brasil. Hoje, há 40 empresas gaúchas atuando no mercado. Em 2019, o faturamento do setor no RS foi de R$ 32,5 milhões, 53% a mais em relação ao ano anterior. Dez universidades no Rio Grande do Sul têm cursos direcionados para a área.
O GameRS será coordenado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), em parceria com as secretarias de Cultura, Educação e Desenvolvimento Econômico e Turismo. É prevista também a constituição de um comitê gestor, formado por um representante de cada uma das secretarias que o compõem. O grupo definirá as políticas, diretrizes e prioridades.
Em transmissão pelo canal do YouTube do governo do Estado, o governador Eduardo Leite assinou o decreto que institui a iniciativa. No evento virtual, que contou com as presenças dos secretários das pastas envolvidas, da Associação de Desenvolvedores de Jogos Digitais do Rio Grande do Sul (ADJogos), da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação e do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, Lamb destacou que o Rio Grande do Sul tem importância nacional e internacional nesse mercado e que o setor precisa ser apoiado porque pode contribuir para o desenvolvimento local.
— É um setor que pode contribuir muito, pois coloca a inovação, as pessoas qualificadas e aquelas que estão sendo formadas no centro de uma estratégia de desenvolvimento econômico, além do desenvolvimento associado à economia criativa e das contribuições para a educação, porque é um setor que dá oportunidades para os jovens inovadores — justificou.
Brasil tem 75,7 milhões de jogadores
O GameRS terá cinco eixos: contribuir para o desenvolvimento da indústria gaúcha de games visando à competitividade e à inovação, estimular a capacitação de recursos humanos para criar, gerenciar e operar empresas de classe global, promover o acesso a financiamentos que possibilitem o crescimento das empresas e a competitividade internacional, estimular a geração de ambientes de negócios que oportunizem o desenvolvimento sustentado e contribuir para a ampliação de políticas de demanda – o poder público como indutor do consumo público e privado.
O Brasil é o 13° maior mercado gamer do mundo, com 75,7 milhões de jogadores. De 2014 até 2018, o número de empresas desenvolvedoras de jogos cresceu 164%, saindo de 142 para 375, gerando emprego para 2,7 mil pessoas.
Mundialmente, o mercado de games é o maior e o que mais cresce em faturamento e produção dentro da indústria criativa e de entretenimento. Desde 2003, vem superando a televisão, a música e o cinema. Em 2019, o mercado global representou uma movimentação de US$ 152,1 bilhões. A América Latina representa US$ 5,6 bilhões de faturamento.