Uma equipe internacional de cientistas descobriu em uma pedreira na cidade de Cairo, Estado de Nova York, nos Estados Unidos, o que pode ser o bosque mais antigo do mundo. Os pesquisadores esperam obter informação sobre o vínculo entre estes ecossistemas e o aquecimento global, revela um estudo publicado nesta quinta-feira (19) na revista Current Biology.
Até o momento, o título de bosque fóssil mais antigo era de um sítio em Gilboa, no norte do Estado de Nova York, datado em 385 milhões de anos. O novo sítio arqueológico se encontra em uma velha pedreira na mesma região, a 40 quilômetros de Gilboa.
Após 10 anos recolhendo amostras e realizando estudos, a equipe de 11 pesquisadores concluiu que a pedreira é entre 2 e 3 milhões de anos mais antiga do que sua vizinha, e apresenta maior diversidade de espécies.
Como em Gilboa, os especialistas encontraram vestígios de um tipo primitivo de árvore, a Eospermatopteris, similar a uma palmeira, com um tronco grosso e uma coroa de ramos em seu extremo superior, mas sem folhas.
O grupo também encontrou provas da presença de outro tipo de árvore, a Archaeopteris, que tem características mais "modernas", com folhas e um sistema de raízes comparáveis a um pinheiro, explicou William Stein, um dos autores da pesquisa e professor de biologia da Universidade de Binghamton, em Nova York.
Estas árvores poderão nos ajudar a entender como evoluíram os bosques, em uma época em que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera estavam baixando, do mesmo modo que as temperaturas, disse Stein.
Ao analisar o processo de esfriamento, é possível entender melhor a relação entre o aquecimento climático de hoje e o desmatamento, porque pode se tratar de um fenômeno similar mas inverso, destacou o acadêmico.