O Brasil se prepara para lançar, na próxima sexta-feira (20), o satélite CBERS 04A. O equipamento será acoplado ao foguete Longa Marcha 4B, em Taiyuan, na China. O lançamento está previsto para 00h21 (horário de Brasília) e será acompanhado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), por áudio.
Esse é o sexto satélite desenvolvido e a ser lançado pelo Programa Sino Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), viabilizado por acordo entre os governos do Brasil e da China, firmado em 1988.
O último satélite lançado em parceria do Brasil com a China, o CBERS 4, permanece em órbita. Com o CBERS 04A, o fornecimento de imagens será duplicado e a resolução delas será melhor.
Os dados captados pelos equipamentos enviados ao espaço pelo programa vem sendo utilizados no monitoramento do desmatamento da Amazônia, além de estudos e mapeamentos nas áreas de recursos hídricos, agricultura, vegetação, planejamento urbano, entre outras.
A poucos dias do lançamento, as equipes do Inpe e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) realizam os últimos preparativos. O foguete chinês Longa Marcha 4B é composto de três estágios, que atingem uma altura aproximada de 45 metros.
O foguete vazio pesa cerca de 17 toneladas. Seus tanques têm capacidade para 232 toneladas de combustível. O peso total no instante do lançamento será de aproximadamente 250 toneladas, considerando o peso do CBERS 04A, de aproximadamente 1,8 tonelada.
Parceria Brasil e China
O Programa CBERS, com mais de 30 anos de trabalhos conjuntos entre Brasil e China, está em sua segunda geração de satélites. Os dois países dividem em 50% os investimentos e a participação no desenvolvimento do satélite.
O CBERS 04A levará a bordo duas câmeras brasileiras e uma chinesa. Por ter uma altitude de órbita mais baixa em relação ao CBERS 4, em operação atualmente, as imagens a serem geradas pelo CBERS 04A serão de melhor resolução espacial.
Os dados do Programa CBERS estão disponíveis aos usuários no catálogo online do Inpe. Conforme o instituto, a oferta gratuita de imagens de satélites beneficia diversos sistemas de gestão do território do país, desenvolvidos em instituições de pesquisa, universidades e empresas privadas.
Com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.