A professora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Marina Trevisan recebeu um importante reconhecimento nesta terça-feira (13). A pesquisadora é uma das sete vencedoras do programa Para Mulheres na Ciência, promovido pela L’Oréal Brasil, em parceria com a Unesco Brasil e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
O trabalho "A sobrevivência das galáxias ao longo da teia cósmica" ganhou uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil como impulso extra para ter prosseguimento em seus estudos e incrementar o desenvolvimento da ciência no país.
Marina Trevisan é chefe substituta do Departamento de Astrofísica e desenvolve pesquisas em astronomia extragaláctica, populações estelares e astrofísica estelar. Em texto publicado no site da UFRGS, a professora se disse surpresa em ter sido escolhida e, ao mesmo tempo, feliz em ter a pesquisa reconhecida.
O trabalho premiado está baseado no fato de que as galáxias se formaram e evoluíram para serem o que são hoje, mas todo esse processo ainda precisa de muito estudo, como afirma a cientista.
— Quero, com a minha pesquisa, aumentar nosso conhecimento sobre a evolução de galáxias e em especial entender como e por que elas param de formar estrelas — explica a pesquisadora em vídeo publicado no site da premiação (confira abaixo).
Rio Grande do Sul como casa
Marina é natural do Paraná, viveu em Santa Catarina e realizou sua formação no Estado de São Paulo. Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Astrofísica pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e doutorado em Astrofísica pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Além disso, ela realizou estágios de pós-doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no Brasil, e no Institut d'Astrophysique de Paris, na França.
Desde janeiro de 2018, a acadêmica é professora adjunta na UFRGS, onde desenvolve atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão e também é chefe substituta do Departamento de Astronomia.
Programa distribuiu mais de R$ 3,9 milhões
O Programa Para Mulheres na Ciência, que completa 13 anos em 2019, tem como motivação a transformação do panorama da ciência no Brasil, na busca pelo equilíbrio dos gêneros no cenário nacional. As demais premiadas foram Aline Silva de Miranda (UFMG), Adriana Folador (UFPA), Jaqueline Mesquita (UnB), Josiane Budni (UNESC), Patrícia de Medeiros (UFAL) e Taicia Fill (UNICAMP). A premiação será entregue no dia 10 de outubro.
A cada ano 7 jovens pesquisadoras de diversas áreas de atuação são contempladas com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil. O prêmio distribuiu, até hoje, mais de R$ 3,9 milhões entre 89 mulheres cientistas promissoras.
Nos 13 anos do programa, Marina é a nona acadêmica da UFRGS a receber a premiação. Ainda no Estado, as outras instituições que tiveram cientistas premiadas no período foram Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) e o Serviço Oncológico do Hospital Fêmina.