O prejuízo para anunciantes no mercado online deve alcançar US$ 23 bilhões em 2019 em função de fraudes. A revelação foi feita pelo relatório O Custo Econômico dos Maus Atores na Internet, elaborado pela empresa especializada em segurança cibernética Cheq.
O levantamento foi feito em parceria com Roberto Cavazos, economista e professor da Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos. O estudo aponta ainda que os prejuízos econômicos diretos ficarão em torno de US$ 23 bilhões, mas que eles podem aumentar para US$ 30 bilhões quando são levados em consideração os custos econômicos e sociais indiretos.
Foi identificado que 30% dos anúncios (aproximadamente, 21 trilhões deles) que circulam pela web são afetados por fraudes todos os anos e a expectativa é de que sejam desviados até US$ 32 bilhões em 2022.
No estudo, Cavazos aponta que a falta de transparência neste mercado que, segundo o relatório, movimenta US$ 316 bilhões, é um terreno fértil para os fraudadores, porque não há supervisão mais atenta quando comparado a setores tradicionais da economia como o de finanças, por exemplo.
Cavazos afirma que estudou os custos econômicos de fraude em muitos setores por décadas, mas que ficou espantado com a escala de fraude na publicidade online. O pesquisador explica que o ecossistema de publicidade online criou uma situação na qual há pouca regulação ou desincentivo contra a fraude. Ele reforça ainda que será necessário impor métodos rígidos para confrontar os desafios impostos por esta nova realidade.