A execução de quatro pessoas em Rolante na madrugada de 1º de setembro contou com o apoio de mais de 10 veículos — entre carros com placas clonadas e veículos regulares. Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Civil prendeu temporariamente cinco pessoas e apreendeu veículos usados no crime, entre eles, uma ambulância.
Por meio de câmeras de segurança, a investigação apurou que a ambulância puxou o comboio que se deslocou de Portão até Rolante na madrugada do crime. A suspeita é de que o veículo tenha sido usado para o transporte de armas.
Já no município de Rolante, os criminosos seguiram em comboio sequestrando cada uma das vítimas em suas casas. Dois carros usavam giroflex, para simularem viaturas policiais.
As quatro vítimas foram levadas até a frente de um condomínio, onde foram executadas com mais de 150 disparos.
— A intenção do grupo criminoso era dar o recado de que pretendem ganhar o território naquele espaço. Fazem naquele ponto de visibilidade do grupo rival — explicou o delegado de Rolante, Vladimir Medeiros, sobre o local em que as mortes foram efetuadas.
Depois do crime, uma equipe da Delegacia de Homicídios passou a atuar na cidade. Segundo o delegado de homicídios, Thiago Carrijo, membros do grupo criminoso passaram na rua de uma das vítimas mudando a posição de câmeras de segurança dois dias antes da chacina.
Além dos cinco presos, a Polícia Civil ainda busca outros cinco envolvidos com prisão decretada que não foram encontrados. Eles são considerados foragidos. Sobre a motivação, a investigação afirma que envolve um confronto isolado entre um grupo que pretendia tomar o ponto de tráfico da facção das vítimas.