Correção: a polícia pediu o bloqueio de R$ 22 milhões, e não de R$ 1 milhão como publicado entre as 7h11min e as 8h51min desta quarta-feira. O texto já foi corrigido.
A Polícia Civil cumpre, na manhã desta quarta-feira (28), 48 mandados de busca e apreensão domiciliar e nove pedidos de prisão preventiva. Intitulada Operação Escobar, a ofensiva, comandada pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), tem como objetivo combater os crimes de lavagem de dinheiro por organização criminosa. Até as 7h10min, três pessoas haviam sido presas.
A polícia solicitou para a Justiça o bloqueio de R$ 22 milhões (R$ 1 milhão de cada um dos 22 investigados), entre pessoas físicas e jurídicas. Também foram sequestrados 30 veículos e nove imóveis, entres casas e propriedades rurais, em Taquara, no Vale do Paranhana, e Nova Hartz, Sapiranga e São Leopoldo, no Vale do Sinos.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara, Dois Irmãos, Capela de Santana, Ivoti, Estância Velha, Parobé, Esteio. Além disso, um mandado também foi cumprido em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
Desde 2020, a Polícia Civil investiga uma organização criminosa por suspeita de envolvimento com roubos e furtos a estabelecimentos bancários, transporte de valores e extorsões mediantes sequestro. Em abril de 2023, foi cumprido mandado de busca e apreensão em uma propriedade rural de Taquara, no Vale do Paranhana, no âmbito da Operação Dulcis.
Na ocasião, foram cumpridos mandados no RS, em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Conforme a polícia, durante a investigação, foram encontradas evidências da prática do crime de lavagem de dinheiro. Ao longo de um ano, a polícia coletou evidências suficientes para constatar a existência de uma organização criminosa atuando neste tipo de crime na região.
Além disso, foi possível identificar a relação do grupo com o comércio irregular de armas de fogo e com o tráfico de drogas.
Segundo a polícia, o líder do grupo é um homem de 52 anos, que tem diversos antecedentes criminais como tráfico de drogas, receptação, extorsão, entre outros. Ele seria morador do bairro Canudos, em Novo Hamburgo, e está foragido.
Pelo menos 20 pessoas estariam ligadas ao esquema atuando em diferentes funções. Também foram identificadas pela polícia empresas “de fachada” para a prática dos crimes.
A investigação também identificou que, ao longo dos meses, grande parte dos investigados seriam empregados com carteira assinada, de uma reciclagem de metais, com sede no Bairro Canudos, em Novo Hamburgo, que pertence a um dos alvos da Operação Escobar.
Os rendimentos declarados pela reciclagem eram ínfimos, se comparados ao patrimônio descoberto ao longo das investigações. As movimentações da empresa também seriam incompatíveis com os rendimentos.
O proprietário de uma revenda de veículos automotores existente às margens da BR-116, na Rua Ignácio Treis, no Bairro Ideal, em Novo Hamburgo, é investigado da ofensiva. Outras revendas, de veículos e de motocicletas também são alvo.