Mais um acusado de matar o adolescente Ronei Faleiro Júnior, então com 17 anos, na saída de uma festa em Charqueadas será julgado. A sessão está marcada para a próxima quinta-feira (25), a partir das 8h, no Fórum de Charqueadas. Em 2022, outros nove réus foram condenados a penas que variam de 35 a 41 anos de prisão.
O réu Rafael Trindade de Almeida foi denunciado depois, por isso responde em um processo separado dos demais. A previsão é de que a sentença saia no mesmo dia ou na madrugada seguinte.
— O Ministério Público espera, pelo que consta dos autos, que seja dada sequência aos resultados já obtidos nos outros julgamentos com a condenação do acusado. É um júri muito importante, na medida em que repercutiu muito na pequena comunidade. Esperamos poder representar a contento os direitos, tanto de quem morreu, quanto daqueles que ficaram pranteados — disse o promotor Eugênio Paes Amorim que vai atuar na acusação.
Marçal de Carvalho, Thais Constantin, Deise Dutra e Daniela Graminho, integrantes da defesa de Rafael Trindade de Almeida, patrocinada pelo criminalista Marçal Carvalho, ressaltam a irrestrita convicção na inocência de seu cliente, ratificando assim, os elementos comprobatórios que amparam as teses e argumentos produzidos nos autos ao longo destes 9 anos. A defesa também reforça o compromisso com a busca pela verdade e a expectativa pela absolvição do seu cliente.
Relembre o caso
O assassinato do adolescente chocou o Estado e teve repercussão nacional em razão da violência. O rapaz, o pai e um casal de amigos foram agredidos a socos, chutes e golpes com garrafas por um grupo de mais de 15 pessoas, entre adultos e adolescentes.
O crime aconteceu em 1º de agosto de 2015. As agressões ocorreram quando o pai de Ronei, o engenheiro Ronei Faleiro, foi ao local da festa para buscar o filho e os dois amigos. Os agressores atacaram quando eles embarcavam no veículo da família.
Segundo o Ministério Público, a motivação do crime foi porque o amigo de Ronei era de São Jerônimo, cidade vizinha, e havia rixa entre o Bonde da Aba Reta — grupo do qual os réus faziam parte — e os moradores da outra cidade.
Câmeras de monitoramento da cidade gravaram a sequência de violência. As imagens contribuíram para identificação dos participantes do crime. Mensagens de WhatsApp, trocadas entre os agressores, nas quais se vangloriavam pelo feito, também foram utilizadas como provas para as condenações.