A Polícia Rodoviária Federal interceptou, na madrugada desta quinta-feira (7), um grupo de milicianos na Avenida Brasil, zona oeste do Rio de Janeiro. Houve troca de tiros. Nove suspeitos foram presos e outros seis ficaram feridos, sendo levados sob custódia para o hospital. Os presos foram encaminhados para a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado – Inquéritos Especiais (Draco-IE), da Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tiroteio aconteceu por volta das 4h20min, na altura do km 384. A Polícia Civil não confirmou essa informação, e a Polícia Rodoviária Federal não respondeu às perguntas do Estadão.
As prisões foram fruto de ação integrada e de inteligência entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), e a Polícia Militar. Quatro veículos foram recuperados e armas foram apreendidas.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que o grupo integra a organização criminosa de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso no final do ano passado. Ele era considerado pelas autoridades o líder miliciano mais procurado do Estado do Rio de Janeiro, e estava foragido desde 2018. O miliciano foi transferido para um presídio federal em fevereiro.
Zinho ficou conhecido por dominar a zona oeste da capital fluminense, lucrando em cima de prestação de serviços clandestinos e ilegais, como a venda irregular de sinais de TV a cabo, licenças para serviços de transporte, venda de gás e cobrança de taxas de segurança dos pequenos comerciantes.
A Polícia Civil informou que os nove eram monitorados há meses e foram interceptados em quatro carros. Com os milicianos, os agentes apreenderam fuzis e coletes balísticos.
Os criminosos teriam saído de uma comunidade em Santa Cruz e seguido para a favela da Carobinha, em Campo Grande. Enquanto voltavam para Santa Cruz, teriam sido pegos pela polícia.