Caberá ao tribunal do júri a decisão pela condenação ou não dos dois réus que respondem pela morte da contadora Sandra Mara Lovis Trentin, desaparecida em 30 de janeiro de 2018 em Boa Vista das Missões, no noroeste do Estado. A ossada dela foi encontrada em 21 de janeiro de 2019, em Palmeira das Missões. Na última quinta-feira (14), a 3ª Câmara Criminal de Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou e negou recurso em sentido estrito movido pela defesa do marido de Sandra, que tentava evitar o júri.
Paulo Ivan Baptista Landfeldt era marido de Sandra e, na época, vereador em Boa Vista das Missões. Ele foi apontado como o mandante do crime. Além dele, é réu no caso Ismael Bonetto, que segundo a Polícia Civil e o Ministério Público executou Sandra Mara com um tiro. Conforme a denúncia, o marido encomendou o crime para que ele pudesse ficar com os bens da família sem que houvesse uma separação.
Com a mais recente decisão da 3ª Câmara Criminal, os réus serão julgados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Palmeira das Missões, em data a ser definida. A Justiça também manteve a prisão preventiva dos acusados.
Segundo o advogado João Taborda, que representa Landfeldt, é estudada a "viabilidade de ingresso com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ)". Já o advogado Lucas Esteven Duarte, que defende Bonetto, afirmou que não pretende recorrer por entender que "o feito já tramita há muito tempo e que os julgadores, seja do Tribunal de Justiça Gaúcho, como nos Tribunais Superiores (STJ e STF), irão deixar para o conselho de sentença proferir o julgamento".