A Justiça tornou réus cinco homens e uma mulher acusados de executar a machadadas dois homens em 19 de junho, na zona norte da Capital. Os assassinatos de Lucas Mello Guterres Francisco, 21 anos, e Douglas Santos da Silva, 27, foram transmitidos ao vivo para o pai de uma das vítimas, para demonstração do poder.
Os seis réus irão a júri e responderão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e meio que impossibilitou a defesa das vítimas, além de cárcere privado, tortura, corrupção de menores e organização criminosa.
Outros dois homens foram indiciados em inquérito policial complementar, já remetido ao Poder Judiciário. O fato aconteceu em uma residência na Vila Jardim e é atribuído ao conflito entre facções criminosas pelas autoridades.
O delegado responsável pelas investigações, Eric Dutra, o crime afirmou que o crime corresponde à violência característica da guerra entre grupos organizados que disputam territórios e poder. A mulher que será julgada teria, segundo a investigação, atraído as vítimas para uma "festinha". Eles foram rendidos por homens s vestidos com fardas semelhantes às da Brigada Militar, torturados e mortos.
A denúncia do promotor do Ministério Público, André de Azevedo Coelho, foi aceita pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva, titular do 2º Juizado da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre.
O delegado revela que a identificação dos autores ocorreu após investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Foram apreendidos celulares nos quais os executores gravaram imagens deles mesmos na cena do crime.