Após receber uma denúncia anônima, Polícia Civil e Brigada Militar (BM) de Canoas se uniram para monitorar um possível ponto de tráfico no centro da cidade. O local funcionava ao lado do Instituto Penal do município, onde detentos do regime semiaberto devem passar as noites.
Três suspeitos foram presos no local na noite de de segunda-feira (3). Houve apreensão de drogas e de munição. Mas chamou atenção da polícia uma coleção com cerca de 200 moedas encontrada na residência. Havia itens de ao menos 70 países, de várias épocas. Três delas contêm a suástica, usada pelos nazistas no século passado.
A titular da 3ª Delegacia de Canoas, delegada Luciane Bertoletti, tenta localizar o proprietário das moedas. Ela acredita que a coleção tenha sido roubada ou furtada e não descarta que tenha sido usada como pagamento por drogas. A polícia ainda não tem uma avaliação de quanto valem as moedas apreendidas.
Monitoramento
A casa apontada pela polícia como ponto de tráfico, onde aconteceram as apreensões, fica exatamente ao lado da casa prisional. Para ter acesso ao ponto de venda, segundo monitoramento de agentes da 3ª DP de Canoas e de policiais militares do 15º Batalhão da BM, apenados ingressavam em um corredor entre o instituto penal e outro imóvel.
— Temos tudo confirmado, inclusive por meio de imagens de câmeras de segurança. Foram gravações em dias diferentes. O que ocorria lá era o fato de que os presos, antes de irem para o local passar a noite, conforme determinação judicial, passavam na boca de fumo, compravam droga e entravam na casa prisional para consumir — explica a delegada Luciane Bertoletti.
Segundo ela, apenas alguns presos adquiriam entorpecentes, mas o faziam de forma recorrente. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Luciane afirma que principalmente maconha era vendida no local. Ela ressalta que também foram apreendidos na casa materiais para embalar drogas, que servirão como prova da atividade ilícita no imóvel.
O trabalho das forças de segurança não encerrou com as apreensões e prisões de segunda. O comandante do 15º Batalhão da Brigada Militar, tenente-coronel André Stein, diz que a corporação vai seguir monitorando o entorno do Instituto Penal de Canoas, com atenção redobrada.
Procurada pela reportagem de GZH, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) ainda não se pronunciou sobre o consumo de drogas na unidade prisional.
Canais para denúncias
Contatos com a 3ª Delegacia de Canoas e também denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais:
- Linha direta - 51 3425 9056
- WhatsApp - 51 98459 0259
- Site - www.pc.rs.gov.br