A ex-namorada de Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, 19 anos, foi presa, nesta terça-feira (4) pela Polícia Civil. O jogador de futebol foi encontrado esquartejado no Rio Iguatemi, em Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul, após ficar sete dias desaparecido. De acordo com a investigação, o jovem foi morto na casa da suspeita, que não teve identidade divulgada.
A delegada responsável pela investigação, Lucelia Constantino de Oliveira, afirmou, ao g1, que a ex-namorada de Hugo é fundamental para que o crime seja elucidado.
— A jovem de 21 anos é peça-chave para que o caso seja esclarecido. O jogador apareceu na casa dela e foi executado lá. Algum tipo de envolvimento ela pode ter no caso. Durante todo depoimento a jovem negou. Hoje estamos fazendo novas buscas e perícia em objetos envolvidos com o crime — disse a delegada.
A investigação aponta que o atleta foi morto com três tiros. O corpo teria sido esquartejado com serras elétrica e fita para a ocultação do cadáver. Ainda de acordo com os investigadores, o crime foi passional, ou seja, quando é motivado por emoção ou sentimento de posse em relação à vítima.
— Estão tentando conseguir todas as partes, mas como as partes foram muito pequenas, estão ainda em busca; é provável que hoje, no máximo amanhã, terminem de encontrar. Nos três primeiros dias, as buscas são submersas, após isso, por conta da tendência dessas partes do corpo em boiar, seguem desde então em buscas na superfície — informou o Corpo de Bombeiros.
Entenda o caso
Hugo desapareceu no dia 25 de junho, por volta das 5h da manhã, após sair de uma festa no município vizinho de Pindoty Porã, no Paraguai. Ele foi deixado pelos amigos próximo a casa da ex-namorada. O sumiço do jovem foi registrado no dia seguinte (26), pela mãe de Hugo, Eliana Skulny.
Familiares e amigos de Hugo mobilizaram as redes sociais para encontrá-lo. A cantora Ana Castela, que cresceu em Sete Quedas, onde o jogador morava, também compartilhou a corrente de procura.
Foram sete dias de buscas até partes do corpo do atleta serem localizadas no Rio Iguatemi, em Sete Quedas, no domingo (2). A identificação ocorreu a partir de uma tatuagem que o atleta tinha no braço com o nome do pai.
As partes do corpo foram levadas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e ainda não foram liberadas.
Quem era
De acordo com declarações da prima do jogador, Andressa Skulny, ao g1 nesta segunda-feira (3), o atleta cursava graduação de Educação Física e sempre sonhou em trabalhar com esporte.
Apaixonado pelo futebol desde criança e flamenguista, foi na posição de atacante que o jovem se descobriu. Em 2021, foi destaque na Copa Itu de Futebol Menores, em São Paulo.
Ainda segundo a familiar, Hugo morava com a avó materna e o irmão, e não tinha atrito com ninguém:
— Ele estava no primeiro ano da faculdade, estava jogando como nunca e sonhava em logo se destacar e conseguir entrar em um time grande, ele era até um pouco impaciente para conquistar seus objetivos logo.