A Polícia Civil realizou operação no Vale do Sinos, nesta segunda-feira (19), e prendeu quatro suspeitos de realizar sequestros-relâmpago no Estado. São pelo menos oito vítimas, que teriam sido atraídas por meio de aplicativos de relacionamento.
Segundo a investigação de agentes da Delegacia de Campo Bom, as pessoas ficavam até 22 horas em cativeiros, sofrendo agressões e ameaças. Um quinto suspeito de integrar a quadrilha — teria agido em várias partes do Estado — segue foragido.
Durante a manhã, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca. A investigação, que durou três meses, identificou os suspeitos de extorsão qualificada com restrição de liberdade.
O responsável pelo caso é o titular da Delegacia de Campo Bom, delegado Rodrigo Câmara. Segundo ele, também foi constatado o delito de associação criminosa e roubo mediante uso de arma de fogo.
Câmara afirma que todas as vítimas eram atraídas para o município, local onde também ficava o cativeiro.
— Várias vítimas ficaram amarradas no cativeiro e isso por horas, em alguns casos até 22 horas, quase um dia — explica.
De acordo com a apuração, enquanto as vítimas estavam no cativeiro, os sequestradores usavam os telefones celulares das pessoas e as obrigavam a fornecer senhas de bancos e cartões de crédito. De posse dessas informações, os criminosos faziam transferências bancárias, compras simuladas em máquinas de cartão e até mesmo compras diretas no comércio local, no Vale do Sinos.
Câmara destaca que, durante a operação, foram apreendidos três automóveis, celulares, cartões bancários e uma arma de fogo. A investigação prossegue para identificar os integrantes do grupo que ficariam responsáveis pelo recebimento do dinheiro subtraído das vítimas e ainda para prender o foragido.
Os nomes dos investigados não foram divulgados. A polícia destaca que a comunidade pode contribuir com o trabalho da Delegacia de Campo Bom fazendo denúncias anônimas pelo WhatsApp (51) 98401-3237.