A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (20) a descoberta de uma fábrica clandestina de placas veiculares no bairro Olaria, em Canoas, na Região Metropolitana. O local era monitorado há alguns dias, depois de os agentes terem recebido uma denúncia.
O espaço ficava dentro de uma residência e, conforme a polícia, tinha capacidade para produzir pelo menos 50 placas por dia, dependendo da demanda. Duas pessoas — já identificadas — fugiram momentos antes da abordagem.
Os dois serão responsabilizados, ao final do inquérito, pelo crime de possuir maquinário para falsificação e adulteração de sinal de veículo automotor. A pena prevista, em caso de condenação, varia de quatro a oito anos de prisão.
O titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, delegado Gustavo Bermudes, diz que foram apreendidas 30 placas já prontas e vários equipamentos, inclusive prensa hidráulica, para fabricar os produtos utilizados na clonagem de veículos.
De acordo com Bermudes, o valor de todos os materiais localizados é aproximadamente de R$ 20 mil.
— Apreendemos também prensa manual, alfanuméricos para a confecção das placas, uma máquina hot stamping, guilhotina, placas veiculares já adulteradas e outras em branco, conhecidas como "blanks", ferramentas diversas, adesivos de QR Code falsos, enfim, material empregado para a clonagem de placas de identificação de veículo automotor — destaca o delegado.
Bermudes diz que uma placa de carro era vendida, para ladrões ou receptadores, pelo valor de R$ 600 e, uma placa de moto, por R$ 280. A investigação continua para identificar os compradores e também para verificar se há mais envolvidos, bem como o responsável pelo imóvel onde funcionava a fábrica clandestina.
Denúncias para a Draco de Canoas podem ser feitas pelo telefone do Disque-Denúncia (98608-9984) ou pelo Instagram @dpregionalcanoas.
