Elias dos Santos Silvestre, acusado de ter estuprado e matado a enteada de 13 anos em Bom Princípio, no Vale do Caí, foi condenado a 85 anos e três meses de prisão. O júri, que teve início na manhã de quinta-feira (6), foi encerrado por volta de 1h40min desta sexta-feira (7).
No entendimento dos jurados, Silvestre foi o responsável por matar Jordana Tamires Watthier em 4 de abril de 2021. Ele está preso desde 7 de abril de 2021, quando se entregou à polícia em Teutônia.
Na época, o homem confessou e deu detalhes do crime. Segundo ele, Jordana, 13 anos, estava chateada por ter brigado com a irmã e pediu para dar uma volta de carro. Foi durante o trajeto que o padrasto decidiu atacar a menina, levando-a até um matagal na localidade de Arroio Forromeco.
Ele foi condenado pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio quintuplamente qualificado (por motivo torpe, emprego de asfixia, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido para assegurar a execução, a ocultação e a impunidade de outro crime, e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino).
A investigação da Polícia Civil apontou que todos sabiam do histórico do homem, inclusive a mãe de Jordana, mas ele teria jurado que não faria nada, pois havia mudado de comportamento após se converter e passar a frequentar uma igreja evangélica. O réu já tinha antecedentes por três crimes sexuais, sendo dois contra adolescentes, e estava em liberdade condicional.
O júri iniciou com o depoimento das cinco testemunhas de acusação. Na sequência, foi ouvida a mãe de Jordana e o próprio réu. Durante a noite, ocorreu a fase de debates entre acusação e defesa, seguido da réplica e tréplica. A sessão ocorreu em São Sebastião do Caí.