Dois atores pornô foram presos nesta quinta-feira (13), em São Paulo. Eles são suspeitos de extorquirem homens casados. De acordo com a investigação, coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal, os detidos ameaçavam divulgar fotos íntimas, informações pessoais e conversas privadas caso as vítimas não pagassem valores exigidos.
Durante a Operação Laqueus (armadilha, em latim) as autoridades cumpriram quatro mandados, sendo dois de busca e dois de prisão temporária. Os suspeitos foram detidos em São Paulo.
As investigações, que culminaram na prisão dos suspeitos, duraram cinco meses, segundo a Polícia Civil do DF. Nesse período, os investigadores encontraram indícios de que os suspeitos, de 22 e 27 anos, utilizavam sites voltados ao público LGBT+ para oferecer serviços de acompanhantes em cidades espalhadas pelo Brasil, com intuito de localizar possíveis vítimas.
No Distrito Federal, os homens se apresentavam, por meio de anúncios digitais, como atores pornô cariocas. Segundo a apuração policial, eles teriam divulgado essas informações em pelo menos cinco sites.
A investigação também aponta que depois de o cliente manifestar interesse em um dos acompanhantes, os suspeitos se comunicavam com eles por meio do WhatsApp. Pelo aplicativo, conseguiam conquistar a confiança das vítimas, salvavam as mensagens trocadas e fotos de cunho sexual e levantavam informações pessoais de seus alvos. Tudo isso era utilizado para a extorsão.
Perfil das vítimas e ameaças
Segundo a polícia do DF, os suspeitos só praticavam o golpe em homens que tivessem médio e alto poder aquisitivo, como empresários e servidores públicos do alto escalão, e que fossem casados.
Até o momento, as autoridades chegaram a vítimas em cidades como Macaé (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Maringá (PR) e Brasília (DF).
Conforme divulgado pelas autoridades, os acompanhantes exigiam, durante a extorsão, transferências bancárias que variavam de R$ 3 mil a R$ 10 mil. Se a vítima se recusasse a pagar, eles afirmavam que iriam expor a situação para a esposa, amigos, familiares e colegas de trabalho.
Até o momento, os advogados dos possíveis criminosos não se manifestaram publicamente sobre o ocorrido.