O segundo suspeito da chacina com sete mortos em um bar de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, se entregou à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (23). Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, estava foragido desde terça-feira (21), quando ocorreu o crime. Outro envolvido, Ezequias Souza Ribeiro, 27, morreu em confronto com a Polícia Militar, na tarde da quarta. As informações são do g1.
De acordo com o delegado Bráulio Junqueiro, Edgar confessou o crime informalmente. Ele foi encontrado em um imóvel na Rua Projetada, no bairro Jardim Califórnia, e não ofereceu resistência:
— Quando chegamos, ele abriu o portão, com a mão na cabeça e já se entregou. Nós o conduzidos para delegacia e, agora, vamos interrogá-lo e adotar as providências legais cabíveis ao caso.
— Não tem como negar. Ele também apresentou a versão dele informalmente, em off, pra gente. Vai responder por sete homicídios, todos qualificados — completou Junqueiro.
Os suspeitos teriam ficado irritados porque foram derrotados em duas partidas de sinuca, perdendo cerca de R$ 4 mil, e teriam sido alvo de piadas dos frequentadores do bar. Vídeo da câmera de segurança do estabelecimento mostra que um dos suspeitos, que seria Ezequias, rende a todos com uma pistola, enquanto o outro, supostamente Edgar, vai até uma camionete estacionada em frente ao bar, busca uma espingarda calibre 12 e volta disparando contra as vítimas.
Após a execução, os homens pegaram dinheiro de sobre as mesas de sinuca, além de outros objetos do bar, e fugiram na caminhonete.
Além dos atiradores, nove pessoas estavam no local. Seis morreram no bar — incluindo uma adolescente de 12 anos — e um homem foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. Uma mulher e um outro homem não foram feridos.
Conforme o delegado Bráulio Junqueira, os suspeitos da chacina já tinham passagens pela polícia. Os registros de Ezequias são por porte de arma ilegal, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto. Já Edgar tinha antecedente por violência doméstica.
Segundo o delegado Bráulio Junqueira, responsável pelas investigações, testemunhas disseram em depoimento que o clima no bar estava tranquilo antes do crime.
— Em momento algum houve discussão ou desentendimento. Aparentemente, estava tudo normal — disse o delegado.
A caminhonete e a espingarda usadas no crime foram apreendidas na manhã desta quarta, em um terreno no bairro Vila Verde. De acordo com a investigação, o imóvel tem ligação com um dos suspeitos.