A Polícia Civil indiciou 22 pessoas, que foram alvo de operação deflagrada há pouco mais de dois anos, por lavagem de dinheiro. Na época, a investigação culminou em ofensiva em três Estados e no bloqueio de R$ 17 milhões dos suspeitos. O inquérito foi concluído nesta semana.
Os suspeitos respondem por lavagem de dinheiro e por organização criminosa, além de contravenções penais por jogo do bicho e jogos de azar. Parte dos indiciados fazia parte de empresas de fora do Rio Grande do Sul, que agenciavam atores e jogadores de futebol, usadas para depósitos de valores oriundos de jogos de azar.
A investigação começou em 2019 e foi realizada pelo então titular da Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Marcus Viafore. Na semana passada, após o novo chefe da Polícia Civil ser nomeado, houve troca na diretoria deste departamento.
A investigação tinha como alvo uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro. Na ocasião, 150 agentes cumpriram 95 ordens judiciais, com bloqueios de bens, como 24 veículos, nove imóveis, alguns deles na Capital, Xangri-lá e no Rio, e ainda contas bancárias de 33 investigados. O valor dos bens somava R$ 17 milhões.
Posteriormente, Viafore e sua equipe realizaram ações também em São Paulo e descobriram o envolvimento de integrantes de seis empresas. Pelo menos duas dela, que são do Rio de Janeiro, chamaram atenção dos policiais. Uma delas agenciava jogadores de futebol em início de carreira e os oferecia para clubes no mundo todo. Já a outra contratava figurantes para a TV, cinema, comerciais, videoclipes e eventos.
Os nomes das empresas, assim como dos indiciados, não foram divulgados.