A descoberta de material estranho por consumidores dentro de embalagens de molho de tomate da marca Fugini, com ao menos três casos registrados em Viamão, mobiliza a Polícia Civil em uma apuração para saber se há registros de fatos semelhantes em outros municípios do RS. Até o momento, ao menos mais quatro cidades tiveram ocorrências registradas. Além de Viamão, há relatos na Capital, em São Leopoldo, em Sapiranga e em Dois Irmãos.
Na 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, o inquérito aberto pela delegada Jeiselaure de Souza, após três registros de ocorrência, avança e está abastecido por uma série de depoimentos prestados por consumidores e comerciantes.
— Temos três registros efetuados por pessoas residentes em bairros distantes uns dos outros. Estas pessoas compraram o molho de tomate em diferentes estabelecimentos e com diferentes apresentações do produto. São elementos que inspiram a preocupação das autoridades sobre a questão sanitária relacionada a estes alimentos — explica Jeiselaure.
A delegada afirma que os materiais apresentados pelos consumidores e apreendidos pela polícia já estão em poder do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que designou pedidos de análise laboratorial dos objetos.
— Precisamos saber efetivamente do que se trata. Que tipo de material é aquele? Mesmo com a percepção clara de que seria inapropriado para alimentação, a polícia aguarda pelo laudo com objetivo de determinar a materialidade da prova para o inquérito — define Jeiselaure.
Segundo a delegada de Viamão, a Fugini, que tem sede na cidade de Monte Alto, no interior de São Paulo, teria manifestado que o material encontrado pelos consumidores gaúchos seria fungo formado dentro de embalagens que teriam microperfurações. A mesma informação chegou a ser divulgada em rede social pela fabricante do produto.
Contraponto
A reportagem de GZH reiterou, nesta quarta-feira (11), pedidos de entrevista e informações dirigidos à Fugini a partir de 27 de dezembro passado, quando o caso se tornou público. Foi feita nova remessa de e-mail e diversos telefonemas na busca por um posicionamento. Em um dos atendimentos telefônicos, uma colaboradora do setor de administração da Fugini confirmou que a empresa tem conhecimento dos fatos ocorridos em Viamão.